O PODER DE NEVER TWICE EM DEIXAR O DORAMEIRO ANIMADO E ENTEDIADO



Todo dorameiro já passou por um drama que fica eletrizante nos primeiros episódios, depois torna-se morno e, do nada, volta a ter impulso nos episódios finais. Mesmo com final ruim ou bom, nós prestamos mais atenção para saber o desenrolo da situação. Olha, nunca poderia imaginar que "Never Twice" faria eu ficar animada e desanimada a cada episódio. Como assim? 


A questão é que apenas UM casal ganha sua atenção. Os restante dos personagens são chatos por demais da conta. Eu poderia ter abandonado "Never Twice" como sempre faço com os dramas entediantes, mas o romance entre Park Se Wan e Kwak Dong Yeon valia todo esse sacrifício. 



Nos primeiros episódios, Park Se Wan se torna uma viúva com filho pra criar, enquanto o Kwak Dong Yeon só dá as caras depois. No instante que eles contracenam juntos, eles já viram um dos melhores casais de dramas coreanos. O grande mérito é o carisma de ambos. 

Fora isso, tem toda uma investigação em volta da morte do Kang Jin Gu (ex-marido da Park Se Wan), o que deixa o drama menos morno quando não tem as cenas do casal. 


O sotaque caipira de Park Se Wan compõe a sua personalidade alegre, o que é raramente visto em dramas. Como esperado, ela passa por seus momentos dramáticos, mas é por motivos que desestabilizaria qualquer pessoa. Quem não choraria por quase ser presa DUAS VEZES?



Para fazer par com a caipira, nada melhor que o CEO milionário, não é? Olha, escolheram bem o ator, pois fiquei completamente apaixonada por seu time de comédia e drama com pitada de doçura. Surtei e muito com os dois!



Duvido não torcer pela felicidade de ambos, tanto que nem sentirá falta de ter poucos beijos entre eles, um simples abraço vai ser o bastante. 

O mesmo nível de amor que tinha pelo casal era o de tédio sentido pelo resto do elenco. Eu PULAVA as cenas sem importar de perder alguma informação importante. 

No começo,  assistia o episódio por inteiro, mas não tinha como aguentar aqueles personagens por 72 episódios, é tortura psicológica. 

A Na Hae Ri era muito tóxica para o Kim Woo Jae, a minha raiva só aumentava por ver um homem tão mole aguentar e aceitar várias bobagens e atitudes egoístas vindas dela. 

Desta forma, é dificultoso criar amor pelo casal, é mais capaz de querer que ele abandone essa diaba e viva a sua vida de golfista famoso em outro país, bem longe dela. 



A dupla Gam Poong Ki e Bang Eun Ji era outro "casal" pé no saco! Eles demoram em reconhecer o seu amor um pelo outro, mas olha... nem ligava pelo fim deles. Se eles fossem presos pelos golpes dados já era um final mais que justo. 


O Choi Man Ho e sua esposa eram os sofredores deste drama. Quando reerguiam-se, acontecia alguma desgraça na vida deles. Rolou até tentativa de suicídio, acredita? Cruzes, não tenho paciência.


As noras Do Do Hee e Oh In Sook só serviam pra maldades, fora isso, eraM  pura vergonha alheia.



Por último, o trio de atores veteranos não merecia um drama tão maldoso com eles.  É igual o que a Globo faz ao colocar os atores da terceira idade naquelas novelas "cômicas" das sete. Trágico!



Conclusão: Se tomou gosto por todos, "Never Twice" tornará o seu queridinho, se gostou apenas do único casal que carrega os dramas nas costas, vai catando as cenas que te interessam, não perderá muita coisa. Para os persistentes que desejam ver todos os 72 episódios sem fazer o pulo do gato, boa sorte! Creio em Deus que chegará vivo até lá.


Drama disponível no Kocowa

Tem no dramasfansub também, só não garanto a qualidade da legenda, pois não vi por lá.

 



Fui pesquisar se o ator Kwak Dong Yeon chegou a fazer papéis principais em outros dramas, mas o seu currículo é preenchido por vários papéis secundários, um balde de água fria, sabe. 

Texto escrito por Santa Bê

Todo dorameiro já passou por um drama que fica eletrizante nos primeiros episódios, depois torna-se morno e, do nada, volta a ter impulso no...

POR QUE MR. QUEEN É UM DORAMA IMPORTANTE PARA CORÉIA?



Adoro dramas que chegam tocando na ferida, pois é um bom modo de tirar alguns da zona de conforto. É muito comum filmes apostarem em tópicos que geralmente vão chocar os telespectadores, mas você já viu em dramas? É raro. 

Não falo daqueles que são mais pesados em questão de violência e relacionamento amoroso, como também não tiro o mérito, "A World of Married Couple" foi o drama mais famoso de 2020 e ganhou a crítica e a audiência da Coréia. 

Neste caso, o foco é a junção do humor debochado com assuntos considerados "tabus" em um país tão conservador (pra não falar hipócrita) como a Coréia do Sul. A obra "Mr Queen" começou com essa proposta um tanto corajosa, segue a sinopse: 


Atualmente, Jang Bong Hwan trabalha como chefe de cozinha na Casa Azul do Presidente. De alguma forma, seu espírito se transfere para o corpo da Rainha Kim So Yong no período Joseon. O Rei Cheol Jong tem segredos. Ele é um líder pouco poderoso, na verdade, quem possui o verdadeiro poder no país é a Rainha Sunwon, a esposa do falecido Rei Sunjo.


Talvez pense, "Mas trocas de corpos ou transferência de alma são clichês bastante usados em séries televisivas asiáticas, qual a novidade nisso?" Sim, é verdade. A roda vez é um homem (da era moderna) no CORPO DE UMA MULHER (do período Joseon - ano 1392 a 1897). 

É muito divertido ver a reação de Jang Bong Hwan acerca da sua nova realidade. É a sensação de que perdeu tudo, inclusive o seu maior companheiro:



De brinde, ele está de casamento marcado com o Rei 
Cheol Jong. O mais engraçado é o personagem quebrar a ilusão que esperamos da figura da realeza. Confesso que percebi tardiamente que o drama é uma sátira, haja vista que somos inseridos em tantas obras em que o protagonista é um príncipe, não um sapo!É uma quebra de expectativa maravilhosa.  




Como acima dito, de fato, ele é uma pessoa interessada em sexo. O que piora toda a situação para um chefe de cozinha que dormia com várias mulheres dias atrás, não é? São várias coisas para digerir: Novo corpo, casamento, lua de mel com um rei tarado, posição de rainha e uma dinastia com suas regras, leis e costumes diferentes e retrógrados. 

O que sabemos é que o Jang Bong Hwan não irá se acostumar logo de cara. Até ver como poderá retornar para sua vida de antes,  ele buscará se livrar das adversidades e compreender o novo ambiente apresentado. Em nenhum momento esquecemos da figura DO protagonista justamente por ser inserida a sua narração no drama.

Além disso, a própria postura masculina ainda é muito forte. Acredite, o segundo episódio termina com a Rainha Kim So Yong retornando do bordel. Toda a minha reação foi essa: 



Dianto de tudo explicado, os dois episódios transmitem uma dupla sensação, bora lá:

1. Se seguir o drama chinês, o Rei Jang Bong Hwan e King Cheol Jong vão gostar um do outro, logo, "Mr. Queen" é um drama BL (gay) ou bissexual, no mínimo. A emissora tvN está produzindo um drama de conteúdo homossexual. Que evolução! 


2. Sob o olhar dos personagens, as condutas são advindas da Kim So Yong, certo? Se a mulher sofre opressão e preconceito atualmente, então, imagina na era Joseon? É tanto padrão rompido que aflora o lado feminista de qualquer mulher.



Sobre a reação da Coréia do Sul? Talvez eles ainda não leram o conceito da palavra "sátira". Vamos fazer o nosso dever de casa e pesquisar pra não fazer feio também. Ele é definido como:

Poesia em que o autor mete a ridículo os vícios ou defeitos de uma época ou pessoa. 2. Discurso, texto ou obra que critica pessoas, entidades, costumes, vícios, etc., em tom jocoso ou sarcástico.


Falo isso, pois recentemente saiu a notícia "PRODUÇÃO DO DRAMA “MR. QUEEN” PEDE DESCULPAS E REMOVE CENA APÓS CRÍTICAS" e sabia que a Dona Coréia estava se remoendo. Se clicar no título, saberá que a crítica é a junção do ranço sobre a autora Xian Chen com uma piada grosseira sobre o anais da Dinastia Joseon.
Não somos coreanos, então não podemos saber como uma piada dessas é digerida, mas fico encucada se o surgimento das críticas também foi impulsionada pelos dois motivos elencados.
Com certeza, "Mr Queen" é algo que a Coréia do Sul precisa no momento, melhor ainda, é tão refrescante ver isso retratado com mais aprofundado em um dorama - local em que a censura se mostra mais presente. Por isso, espero que as críticas coreanas não desvirtuem o caminho proposto e prejudiquem a qualidade e a representatividade dele. 

O drama está disponível no Kindong Fansub e Viki.


Resenha escrita por Santa Bê

Adoro dramas que chegam tocando na ferida, pois é um bom modo de tirar alguns da zona de conforto. É muito comum filmes apostarem em tópicos...

AS MELHORES DE OUTUBRO E NOVEMBRO (2020)

Quero finalizar essa lista antes do final do ano! Já adianto que será o último especial de música por aqui. Eu sempre gostei de acompanhar mais as novidades musicais asiáticas do que filmes e doramas (é mais cômodo para mim), mas também noto que não tem público. 

Sei lá, sempre busco pesquisar mais músicas para vocês e o máximo que tive foi um comentário realizado no começo do ano. Isso tira forças de qualquer um. Bem, se der, farei resenhas de dramas em 2021, nada de K-POP, por enquanto. Bora pra lista:


1. DawnDidiDawn - Dawn ft. Jessi


Desde que o Dawn estava no Pentagon, notava que ele se destacava, e neste comeback, fica nítido os atributos que o faz se tornar tão especial no cenário K-POP. Ele segue fielmente a vibe que alguns rappers tentam imitar, o do style G-Dragon. Chega a ser assustador o quanto ele lembra o líder do BigBang, o quanto isso sai de forma natural. 
Sabemos que, na Coréia, o G-Dragon é muito popular, a YG tentou o impossível para replicar, em seus outros idols, os elementos que sua galinha de ouro possuí e apresenta no palco. Sabemos que foi uma tentativa sem êxito.
O ano 2020 mostrou que esta fórmula de sucesso ainda se mostra válida e tem um representante fortíssimo. Em "DawnDidiDawn", Dawn mostrou o seu gingado associado a uma música farofa que para ficar ainda melhor, só bastava soltar um "Uau, Fantastic Baby" no refrão. 

2.   Why Not? - Loona

Girlgroup salvando 2020, os maiores hits vieram delas.

3. Alien - Lee Suhyun (Akmu)

Já tivemos bons conceitos no K-POP, um dos melhores foi a de "Alien". Sério, esse cabelo azul só não supera o ruivo da Park Bom em "can't nobody". 

4. Wings - So!Yoon (Se So Neon) x Phum Viphurit

5. Don't Touch Me - Refund Sisters

Foi montado um grupo que dificilmente daria errado. Eu sou muito fã da Jessi e da Lee Hyori, e não tenho nada a reclamar sobre o talento e a competência das outras integrantes. O que dizer? "Don't Touch Me" fez jus ao peso do grupo. 

 6. I can't Stop Me - Twice

7. Run Away - Mino (Winner)

Winner começou como um grupo "renegado" pela YG, era nítido o favoritismo que o Papa YG tinha pelo IKON (pelo menos, nos primeiros anos dos grupo). Anos depois do debut,  Winner estourou com "Really Really" e quando pensava que seria só divulgação e reconhecimento nos comeback's posteriores, tive a sensação que o grupo retornou ao poço do flop. O que é uma pena, pois MINO é um enorme talento dentro da empresa. 
"Run Away" é só a amostra do fantástico álbum "Take", um dos melhores do ano. Destaco que "Ok Man" merecia MV, então eu lembro que estamos falando da YG e deixo de criar muitas expectativas.

8. So Beautiful - DPR IAN: 

 9. Gotcha - Park Jihoon

10. MMM - Treasure

Não conhecia Treasure, tanto que fiquei em choque ao ver que é um grupo da YG. Sabe, eles não tem uma vibe que a empresa sempre apostou nos grupos masculinos, MAS, fiquei imensamente feliz por saber que eles representam um grupo fora da curva. 
A música "MMM" ressuscitou o que anda faltando nos grupos masculinos atuais de K-POP: Mais ousadia. Não falo de coreografias complexas, falo de músicas e danças marcantes, o kpopeiro macaco velho sabe o que é. Quem não lembra da dancinha de Mona Lisa do MBLAQ? Eles não precisaram fazer um duplo twist carpado para chamar minha atenção e ser lembrado ainda hoje, não é?
Sei que a dança de Treasure é complexa, mas, entenda que o que faz "MMM" ser bom é a sedução básica com direito a slow motion feitas por esses meninos. Só o K-POP transforma algo tão brega e apelativo em uma tática perfeita de vendas.

11. Dancing In The Rain - Lacuna

O indie rock coreano é um gênero musical que precisa ganhar mais atenção, é uma bandeira que levanto sem medo de estar equivocada. 

12. Breath - Got7
 

É triste saber que a empresa JYP entrega tantos singles icônicos para Twice e para GOT7 é o resto do resto. Depois de "If You Do" - um single de 2015 - "Breath" se mostra mais uma música de qualidade, o problema foi a espera pra isso, será que é preciso mais 5 anos, JYP?
 
13. Mmmh - Kai

Teve tanta coisa boa neste período que "Mmmh" acabou sendo ofuscado, em minha visão. É boa, tanto que não se encontra nesta lista a toa, todavia, tenho certeza que não estarei mais escutando essa música em breve. 

15. Uru - Break

16. Image - Da-iCe
  
17. Entertainer - I Don't Like Mondays

18. Koko Ni Aru Mono - Hirai Dai

19.  Ussewa - Ado

#NãoÉKPOP: GLORIA GROOVE
Outra felicidade é poder indicar música brasileira aqui. Um R&B de qualidade! 
A nossa Coréia do Sul ainda precisa passar por algumas transformações sociais para entregar algo com tanta versatilidade e representatividade que o pop brasileiro está entregando agora. A música brasileira só fica mais rica com "Tua Voz", "Suplicar" e "Radar".


Espere pela lista de dezembro. Beijos.

Quero finalizar essa lista antes do final do ano! Já adianto que será o último especial de música por aqui. Eu sempre gostei de acompanhar m...