SECOND LOVE (2015)

SECOND LOVE/SEKANDO RABO
País: Japão
Episódios: 7
Rede: TV Asahi
Por onde assistir? Mahal Dramas
Sinopse: Kei (Kazuya Kamenashi) é um dançarino contemporâneo. Ele continua fazendo audições para empresas de dança estrangeira, enquanto trabalha em empregos a tempo parcial. Apesar de ser talentoso, Kei ainda não passou em uma audição. Um no dia que ele falha na audição, Kei fica deprimido e sente que ele quer morrer. Ele então vê Yui Nishihara (Kyoko Fukada), e fica cativada por ela. Yui está em seus 30 anos de idade, sendo uma professora no colégio feminino de prestígio. Ela está tendo um caso com um colega que tem uma esposa e filhos. Será que Kai vai conquista-la?

O drama da vez é Second Love, que tem apenas sete episódios com muito vuco-vuco no fubá, e que podemos tirar algumas lições valiosas disso (não de sexo, mas do drama em si). Abdicarei de fazer o tópico de personagens ou pontuar explicitamente os motivos de ver ou não, já que farei isso ao longo do texto. 
A atitude de ver o drama adveio de três motivos: quantidade pequena de episódios, o Kazuya Kamenashi, e a presença do drama no meu HD.
Lendo a sinopse, não vemos nada demais, mas o drama carrega consigo a fama de ser bem hot. Explicando melhor, “Second Love” é dos poucos dramas que ousam em mostrar algo que vai além do beijo, deixando nítidas as cenas de sexo - lógico, com um enfoque romântico. 
Meu Kame subiu de nível só por encarar uma trama realística, olhando por certo ponto de vista.
Bem, o drama expõe os obstáculos do relacionamento e os medos e inseguranças de cada ser humano. Você deve pensar: “Ué, o que tem de novidade nisso?”, “Meus dramas também falam disso!”, “Se fosse tudo lindo, não teria enredo, não é?”.
Correto. Porém, seguindo o caderno de clichês de dramas, o obstáculo sempre é uma terceira pessoa que aparece para competir o coração do(a) amado(a), dando a impressão que é o único impedimento para a felicidade do casal. Todavia, “Second Love” vai além e mostra que há vários outros pontos que servem de barreira, incluindo, o próprio casal.
Já explanado o diferencial do drama, vamos ao que interessa! Lembrando que daqui pra frente é surra de spoiler na sua cara.

ENREDO
O Kei é um dançarino bem desanimado com a vida e se negava a voltar à sua vida de dançarino prodígio, só que isso muda até encontrar a Yui Nishihara, o seu amor de infância que, agora, trabalha como professora.
Podemos até pensar que a Yui é a pessoa resolvida na relação, mas é um leve engano, já que ela tem uma mãe descontrolada, é amante de um colega mais velho e ainda sofre bullying de seus alunos.
Beleza, depois que o Kei se depara com a Yui, como decide conquistá-la? Como qualquer cara normal, ele fica de tocaia na frente do colégio o dia inteiro só para vê-la, algo super normal, nem parece stalker *ironia*.
Esse “acampamento da conquista” acaba provocando alvoroço na escola - com toda razão -, já que Kai é um completo estranho (ficar na porta do colégio todo dia é meio doentio, convenhamos). O que uma cena impactante não faz com a gente, não é?
Na saída da escola, Kai vai em direção a Yui e entrega a ela um bilhete com, acredito eu, o número de seu celular. Isso, na minha opinião, qualifica-se como uma cena significativa, por causa de todo o enfoque dado, o que ameniza toda essa loucura em forma de prova de amor.
Queridos leitores, depois desta cena, não demora muito para o namoro firmar, já que a afobada da Yui já prepara as suas malinhas e diz: “Mãe, provei do mel, achei bom e agora vou para coméia provar mais”. Na verdade, esse é o meu modo louco de dizer que ela foi morar com o Kai, sendo que é aí que o drama se mostra mais interessante.
Abro aqui novos parênteses para explicar porque esse é um dos motivos pelo qual amo dramas japoneses: a quebra de realidade que alguns personagens sofrem. Sabe aquele ser que está acostumado ao seu modo de vida, mas que precisa sair de sua bolha para poder crescer? É isso que acontece aqui.
No primeiro momento, o casal precisa lidar com a Mariko Nishihara (mãe da Yui), que não aceita a relação por ter receio que estejam usando a sua filha. Esse medo é compreensível, mas o modo como lida com esse sentimento é que não é. Seu jeito possessivo, impulsivo e desesperado se sobressai ao amor de mãe, e o fato de não aceitar o relacionamento é a junção deste receio com de não querer repartir a sua filha com ninguém. Atos de egoísmo e carência que frequentemente presenciaremos neste drama.
Como se não bastasse, temos o Taro Takayanagi, o verdadeiro embuste em pessoa, um personagem digno de pena que só tremeu na base quando foi abandonado pela sua amante (Yui) e esposa. As suas atitudes claramente diziam “não me deixe, eu não posso viver sem alguém para transar e lavar minhas roupas”. Tenho ódio por pessoas egoístas que querem saciar o seu desejo de carência, independente se é afetiva ou sexual, não pensando nos sentimentos e vida do próximo!
Apesar de tudo isto (como se fosse pouca coisa, né?!), o foco principal é o ritmo da relação entre Kai e Yui que, no começo, é protagonizada com muita pegação e mão ali e mão aqui sem parar, mas que vai decaindo com o tempo. 
Infelizmente, chega à parte que a relação esfria, pois, enquanto o seu drama rotineiro te enrola uns 14 episódios para fazer o seu ship se concretizar, aqui já varou o feliz para sempre e chegou à parte do “aguente o gelo até quando der”. Em outras palavras, o Kai consegue ter sucesso na carreira de coreógrafo e logo começa a ficar mais centrado, mais ocupado, e bem... Vocês já desconfiam o que isso provoca, não é? Ele acaba deixando a Yui de escanteio, com sua extrema frieza e insensibilidade.
Na verdade, esse tipo de comportamento é um mal de japonês, que é pano de fundo de muitos doramas, mas que amenizamos em nome do “romance” (Itazura na Kiss e Good Morning Call são belos exemplos). 
Para provar o que estou falando, selecionei os vídeos das youtuber’s Camila Pipoka e Débora Hudz, que retratam bem o caso de muitos “Kai” e “Mariko” que existem no Japão:
Chega um belo dia em que o Kai tem uma ótima proposta de trabalho no exterior e perguntou se Yui poderia acompanha-lo, será que você diria SIM só para salvar a sua relação amorosa?
Todos têm sonhos e desejos que queiram trilhar! Como a própria Yui disse: “Um dia, quero encontrar um sonho que possa falar apaixonadamente contigo”.
Durante toda essa parte do drama, pensei comigo mesma: Será que todo o esforço valeria a pena? Por que sempre é a mulher que abdica de algo? Ele poderia muito bem se focar no mercado japonês, o que seria mais viável, contudo, não hesitou em nenhum momento em aceitar a oportunidade, pois esse era seu sonho. O Kai até achou que isso seria um ato romântico da parte dela, mas na verdade foi um ato bem egoísta de sua própria parte. Não cabia à Yui abdicar de seus objetivos para abraçar o sonho que era dele. E sábia, ela foi forte ao dizer “Eu te amo, mas me amo mais ainda”.
São esses tipos de lições de autoconhecimento que faz “Second Love” ser tão bom.
O drama termina de forma bem satisfatória e do modo mais fofo possível. Os dois entendem que seus sonhos vêm em primeiro lugar, o que não necessariamente significa que precisarão se separar para isso: o melhor significado de maturidade.
“Second Love” é o terceiro drama que vejo com o Kame. Já tive a oportunidade de assistir “The One Pound Gospel” e “I'm Your Destiny”, mas, se me perguntarem qual drama indicaria dele, seria “Second Love”, sem dúvidas.

Essa resenha não terá conclusão desta vez, fica para vocês a arte de refletir! Se estiverem lendo esta resenha, já deixa a sua opinião nos comentários. 
Céu Asiático
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